0315/2024 - Relação entre sal e pressão arterial em populações indígenas e não indígenas Relationship between salt and blood pressure in indigenous and non-indigenous populations
Objetivo: Comparar o impacto do consumo de sal na pressão arterial de uma população indígena e não indígena no Brasil. Metodologia: Os estudos foram realizados em uma população urbana mestiça (branca, preta e parda) de Vitória (n=1.663), capital do estado do Espírito Santo, e na população indígena assentada na reserva indígena de Aracruz (n= 663), no mesmo estado. O consumo de sal foi avaliado por meio de coleta de urina noturna de 12 horas e aferição da PA em visita ao Hospital Universitário (no estudo Vitória) ou em visita a unidade de saúde que atende a população indígena da reserva. Resultados: A média ± dp do consumo de sal foi muito alta (13,4 ± 5,9 g/dia vs. 11,8 ± 5,9 g/dia; P<0,001), respectivamente, na população indígena e não indígena. Mesmo considerando que os níveis pressóricos foram menores no grupo indígena (118/75 mmHg), a resposta da PA ao consumo de sal foi quase cinco vezes maior no grupo não indígena, ou seja, a inclinação da PA sistólica nos não indígenas foi maior que nos indígenas (β=0,49 ± 3,42) vs. não indígenas: (β=1,0 ±3,97; P=0,01). O mesmo foi observado para PA diastólica (0,58 ± 2,18 vs. não indígenas: 0,81 ± 2,72; P=0,1). Conclusão: A baixa sensibilidade ao consumo de sal pode explicar em parte os valores mais elevados de consumo de sal pela população indígena.
Keywords:
sal, urina, pressão arterial, população indígena, população urbana
Relationship between salt and blood pressure in indigenous and non-indigenous populations
Abstract(resumo):
Objective: Was to compare the impact of salt consumption on blood pressure of an indigenous and of a non-indigenous population in Brazil. Design: The studies were carried out in a racial mixed (white, black and brown) urban population of Vitória (n=1.663), the capital of Espírito Santo State, and in the indigenous population settled in the indigenous reserve of Aracruz (n=663), in the same state. Salt consumption was evaluated by a 12-hour overnight urine collect and BP was measured in visit to University Hospital (in the Vitória study) or in a visit to health facility attending to the indigenous population of the reserve. Results: Salt consumption mean ± sd was very high (13.4 ± 5.9 g/day vs.11.8 ± 5.9 g/day; P<0.001), respectively, in indigenous and non-indigenous population. Even considering that BP levels were lower in the indigenous group (118/75 mmHg) the BP response to the salt consumption was almost the five times higher in non-indigenous group, that is, the slope of the systolic BP in the non-indigenous was higher than in the indigenous (?=0.49 ± 3.42) vs. non-indigenous: (?=1.0 ±3.97; P=0.01). The same was observed for diastolic BP (0.58 ± 2.18 vs. non-indigenous: 0.81 ± 2.72; P=0.1). Conclusion: The low sensitivity to salt consumption could partly explain the higher values of salt consumption by the indigenous population.
Keywords(palavra-chave):
salt, urine, blood pressure, indigenous population, urban population
Porto, A.S, Forechi, L., Molina, MDCB, Mill, J.G. Relação entre sal e pressão arterial em populações indígenas e não indígenas. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2024/Aug). [Citado em 05/12/2025].
Está disponível em: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/en/articles/relacao-entre-sal-e-pressao-arterial-em-populacoes-indigenas-e-nao-indigenas/19363