EN PT


0332/2008 - Health education and their representations among dental students
A educação em saúde e suas representações entre alunos de um curso de Odontologia

Author:

• Fábio Luiz Mialhe - Mialhe, F.L - Piracicaba - Faculdade de Odontologia de Piracicaba -FOP/UNICAMP - <fabiofop2012@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6465-0959

Thematic Area:

Não Categorizado

Abstract:

Abstract
Health education is an important instrument to promote the active participation of people in the conquest of their individual autonomy. Therefore, this exploratory study of qualitative approach, aimed at to evaluate the representations in health education of dental students of a course of Dentistry, discussing which conceptions have been sustaining their educational practices. The data were collected through an instrument containing the following open question: particularly, what do you understand for health education? The same was applied in 67 dental students of the last year of the course, contemplating 85.3% of the target-population. The analysis of the data was accomplished according to the qualitative methodological presuppositions of the Discourse of the Collective Subject. The results evidenced that health education concepts of the dental students were strongly linked to the positivists concepts of teaching, instruction and prevention of diseases, ruled in the idea that the lack of the individuals‘ information is that induces them to not exercise healthy practices in health, being the professional‘s function to educate the people in this sense. It was observed the need of teaching-learning strategies directed to transform the representation of the victim‘s
blaming for their health problems by the academics
Key words Health education, Higher education in odontology, Oral health.

Content:

Introdução
O Governo Federal, por meio da Política Nacional de Saúde Bucal, vem se esforçando para ampliar o acesso da população brasileira à assistência odontológica, através de investimentos na área, reorganização da atenção básica e contratação de novos profissionais1.
Entretanto, facilitar o acesso da população às ações de saúde bucal não pode ser considerado sinônimo de qualidade no atendimento. As transformações ocorridas no campo das políticas públicas na área da saúde têm colocado em questão, de forma cada vez mais incisiva, o perfil de formação e as práticas dos profissionais de saúde envolvidas no cuidar. A substituição do sistema dominante de atenção à saúde, centrado na doença, hospitalar e super especializado, por modelos de atenção que valorizem a integralidade, o cuidado humanizado e a promoção da saúde trouxe em seu bojo a necessidade de formação de profissionais com perfil capaz de atuar com qualidade e resolutividade no SUS, colocando no setor de educação o desafio de estabelecer projetos político-pedagógicos adequados à realidade social e epidemiológica brasileira2.
Segundo o relatório da 3ª Conferência Nacional de Saúde Bucal, o sistema de ensino superior não está cumprindo o seu papel na formação de profissionais comprometidos com o SUS e com o controle social e, ainda, a formação dos mesmos não se orienta pela compreensão crítica das necessidades sociais em saúde bucal3. Tal fato deve-se principalmente a ênfase dada pela maioria dos cursos de odontologia às ciências básicas e técnicas operatórias voltadas a bancada, ao laboratório e ao adestramento das mãos, em detrimento dos componentes sociais e educativos, formando profissionais com uma visão predominantemente orgânica e com uma lógica de atuação voltada ao modelo cirúrgico-restaurador4, 5.
A ênfase na tecnificação do odontólogo tem influenciado a qualidade das ações em saúde bucal, entre elas, as de educação em saúde (ES), tão importantes para se promover a participação ativa das pessoas na conquista de sua autonomia individual e coletiva5,6. Essas ações têm geralmente sido colocadas em segundo plano dentro das atividades diárias profissionais dos cirurgiões-dentistas que atuam no SUS ou são desenvolvidas num modelo voltado a mera transmissão de conhecimentos, intencionados à mudanças de comportamentos individuais 7- 9.
Refletindo sobre a relação dentista-paciente/população, supõe-se que esta possa ser um reflexo da relação aluno-professor, a qual se estabelece de forma também vertical, com predominio de conhecimentos tecnicos-cientificos e de clara influencia felxneriana6.
A partir do exposto, o objetivo do presente estudo foi avaliar as representações em educação em saúde de graduandos de um curso de Odontologia, trazendo à tona dados para a discussão sobre quais concepções têm sustentado suas práticas educativas.
Metodologia
Este é um estudo qualitativo e quantitativo de cunho exploratório, dada à dupla característica do método adotado, ou seja, o Discurso do Sujeito Coletivo10,11. Segundo Lefreve11, o discurso, ou o pensamento materialmente falando, apresenta-se indubitavelmente como uma variável qualitativa, ou seja, como um produto a ser qualificado a posteriori pela pesquisa. Mas sendo este pensamento coletivo, configura-se também como uma variável quantitativa, na medida em que tem de expressar as opiniões compartilhadas por um grupo quantitativo de indivíduos, que configuram a coletividade pesquisada. A partir da avaliação qualitativa, o método permite a extração de dois tipos de análise: a Idéia Central e o Discurso do Sujeito Coletivo.
A idéia central (IC) é uma expressão lingüística que revela, descreve e nomeia, da maneira mais sintética e precisa possível, o(s) sentido (s) presente(s) em cada uma das respostas analisadas, com uma função eminentemente discriminadora, ou paradigmática e classificatória, permitindo distinguir e identificar cada sentido ou posicionamento presente nos depoimentos semanticamente equivalentes11.
Já o DSC expressa a opinião ou o pensamento coletivo, considerando a opinião coletiva como fato empírico, com vistas a tornar mais clara uma dada representação social. Nota-se, no entanto, que o DSC não é a representação social, mas sim considerado uma de suas camadas, sobre a qual outras camadas podem ser agregadas10,11. Consiste na unificação e agrupamento de vários sujeitos emissores de discurso, permitindo, em tese, que se coletive seus discursos, expressando diretamente a representação social de um dado sujeito social na primeira pessoa do singular, sendo este o regime natural de funcionamento das opiniões ou representações sociais10,11.
O projeto foi inicialmente submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOP/Unicamp sob protocolo nº 079/2006.
O estudo foi conduzido em um curso de Odontologia localizado no interior do estado de São Paulo no ano de 2006. O grupo investigado foi formado por alunos do último período que se dispôs a participar da pesquisa. O instrumento de coleta de dados constituiu-se de um questionário, aplicado pelo pesquisador principal em sala de aula, contendo a seguinte questão: particularmente, o que você entende por educação em saúde? O mesmo foi inicialmente pré-testado em cinco alunos e posteriormente aplicado em 67 acadêmicos, perfazendo 85,3 % da população-alvo.
A partir da análise dos conteúdos, estabeleceram-se as temáticas ilustrativas das Idéias Centrais e a construção dos Discursos dos Sujeitos Coletivos para cada categoria de Idéia Central.
Resultados:
Através da análise das respostas da questão (particularmente, o que você entende por educação em saúde?) procedeu-se inicialmente a identificação qualitativa das idéias centrais e à construção dos Discursos dos Sujeitos Coletivos, chegando-se a cinco construções principais.
Idéia Central A: Educação em saúde entendida como o ensino de técnicas de higiene bucal e controle da dieta, com vistas à manutenção da saúde bucal.
Discurso do sujeito coletivo: Eu entendo que a educação em saúde bucal como o ensino de técnicas de higiene bucal, difusão de hábitos adequados de dieta baseados no conhecimento científico, que proporcionem a boa saúde bucal. É a orientação dos pacientes sobre como realizar corretamente a higiene bucal, ensinando a técnica correta de escovação e o uso do fio dental, conferindo o modo de escovação e, se preciso auxiliar com as nossas próprias mãos, fazendo os movimentos corretos.
Percebe-se aqui o predomínio das propostas higienistas e preventivistas no discurso dos alunos, traduzindo a formação tecnicista e biologista ainda predominante nos cursos da área da saúde.
Idéia Central B: Educação em saúde é entendida como instrumento de motivação para mudanças de hábitos considerados não-saudáveis.
Discurso do sujeito coletivo: Tento conscientizar os pacientes de que o maior fator para o sucesso do tratamento não será a intervenção ou o procedimento que irá fazer, mas sim sua mudança nos hábitos referentes à prevenção da saúde bucal. Assim, através das atividades clínicas desenvolvidas temos a oportunidade de orientar os pacientes, ensinando e reforçando os comportamentos desejados para obtenção da saúde.
Observa-se que o conceito de educação em saúde para alguns acadêmicos ainda está fortemente ligado ao conceito positivista de ensinamento e instrução, visando “conscientizar” ou “educar” a população “deseducada” sobre os procedimentos de como manter a boa saúde.
Idéia Central C: Educação em saúde entendida como prevenção de doenças bucais para manutenção da saúde.
Discurso do Sujeito Coletivo: Eu entendo educação em saúde como a capacidade de orientar e instruir a população para a prevenção de possíveis doenças bucais. Agindo tanto na prevenção como na limitação do dano, explicando os motivos das doenças, como prevenir, remediar, através de instruções para a manutenção ou melhoria das condições de saúde bucal.
Nota-se no presente discurso uma séria confusão de conceitos, em que a evocação de prevenção é tomada como sinônimo de educação em saúde.
Idéia Central D: Educação em saúde entendida como atividade social realizada em escolas, para crianças.
Discurso do Sujeito Coletivo: Educação em saúde é em particular realizada para crianças atendidas e também no ambiente escolar, com visitas às escolas, envolvendo palestras, demonstrações, conversas. È a distribuição de escovas, um trabalho social com crianças em escolas e creches.
Percebeu-se aqui a visão historicamente consolidada da escola como espaço social para o desenvolvimento de ações educativas e preventivas em saúde bucal.
Idéia Central E: Educação em saúde entendida como instrumento de conscientização sobre a importância da saúde bucal.
Discurso do Sujeito Coletivo: Eu realizo educação em saúde quando conscientizo o paciente sobre a importância da saúde bucal, ressaltando a importância da higienização correta, orientando os pacientes sobre a importância dos cuidados bucais e sua relação com a saúde do organismo.
Mais uma vez, a tendência em se tratar educação em saúde como mera transmissão de informações àqueles que são não tem informações foi observada.
Em relação à análise quantitativa do método empregado, verificou-se que a categoria de análise “educação em saúde entendida como transmissão de conhecimentos sobre dieta e de técnicas de higiene bucal” foi a mais freqüentemente abordada pelos alunos, como observado pelo gráfico 1.

Entra Gráfico 1

Discussão
Através do Discurso do Sujeito Coletivo observou-se que o conceito de educação em saúde dos acadêmicos de Odontologia avaliados está fortemente ligado ao conceito positivista de ensinamento, instrução e prevenção de doenças, pautado em orientações e informações transmitidas à comunidade pelos profissionais. As práticas educativas em saúde foram identificadas como um instrumento de mudança de comportamento, ou seja, uma prática que leva a população, através de instruções baseadas no conhecimento técnico-científico, a adquirir hábitos de vida considerados saudáveis para a prevenção das doenças bucais. Para Valla12, o profissional oferece o saber científico porque pensa que o saber da população é insuficiente, e por esta razão, inferior, quando na verdade, é apenas diferente. A hegemonia da ciência e suas formas de explicar o universo passaram a negar e a tratar com desprezo o senso comum e as formas como as classes populares entendem e explicam o mundo, favorecendo a manipulação do homem pelo homem13. O saber popular é, portanto, ignorado, prejudicando o processo de troca de saberes e emancipação da população. Este tipo de prática tem gerado um baixo impacto nas condições de saúde bucal e autonomia dos sujeitos para exercerem de forma satisfatória o controle do seu processo saúde-doença5,14,15.
Resultados semelhantes ao presente estudo foram encontrados por Valença6 que, analisando as concepções de educação em saúde entre acadêmicos do último semestre do curso de Odontologia da Universidade Federal Fluminense, verificou que houve um predomínio de respostas na linha da educação sanitária tradicional, por meio da pedagogia da boa higiene e ensinamentos sobre como cuidar do corpo e da saúde, por meio de transferência de conceitos sobre padrões desejáveis de comportamento individual e de grupo.
Guterman7, através da análise do núcleo central de representações sociais entre alunos de graduação referente ao tema educação em saúde, verificou que os temas mais freqüentemente suscitados foram os temas “prevenção” e “educação”, sugerindo que os alunos ainda não conseguiram transpor a barreira do paradigma preventivista para as ações educativas.
Verifica-se com freqüência, que estes conceitos são transferidos para a prática profissional, como observado no estudo de Santos5 com cirurgiões-dentistas da rede da atenção básica nos centros de saúde da zona oeste do município do Rio de Janeiro. O autor observou que o modelo de educação conservadora, ou seja, da transmissão ou bancária, caracterizava a pedagogia utilizada nas ações de educação em saúde no atendimento ambulatorial Odontológico. No estudo realizado por Araújo e Dimenstein16 com cirurgiões-dentistas que trabalhavam no Programa de Saúde da Família (PSF) em municípios do Rio Grande do Norte, os autores verificaram que boa parte dos CDs entrevistados atestou não realizar atividades de educação em saúde pelo simples fato de não saber como realizá-las, ou seja, devido ao fato de sua formação acadêmica ter sido majoritariamente voltada à clínica, faltava-lhes preparo e confiança para desenvolverem aquelas atividades na atenção básica.
No presente estudo, alguns acadêmicos associaram o desenvolvimento de práticas educativas exclusivamente ao ambiente escolar, envolvendo palestras, demonstrações e conversas. Para Peregrino17, as atividades de educação em saúde com escolares geralmente tenta inculcar nos alunos uma lista de regras de bem viver que os mesmos não têm como obedecer, muito mais devido à falta de acesso a bens e serviços necessários para se alcançar o estado ideal de saúde do que falta de vontade. Dessa forma, a prática de educação em saúde com escolares tem reafirmado de forma acrítica a incompetência para o bem viver daqueles que recebem as informações.
Apesar destes achados, verifica-se na literatura que a concepção positivista de educação em saúde não é exclusiva dos profissionais da área Odontológica. Antunes et al. 18 destacam que os profissionais da saúde em geral apresentam dificuldades de adotar conteúdos e metodologias pedagógicas que incorporem à instrumentalização técnica-biológica a conscientização para o exercício da cidadania.
Em estudo realizado por Rosso e Collet19 com enfermeiros da rede pública, as autoras verificaram que as atividades educativas são realizadas majoritariamente com o intento de se interferir no comportamento humano com vistas a minimizar os fatores de risco à saúde.
Shwingel e Cavedon8 avaliaram as representações sociais de médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas sobre a educação em saúde e observaram que a mesma transparece como uma pedagogia de transmissão linear de informação e uma falta de compreensão de como essas pessoas pensam, dão sentido ao mundo, produzem e sistematizam os conhecimentos.
Dessa forma, percebe-se o quanto a concepção de uma educação doutrinadora, realizada por meio de transmissão de informações, objetivando que o indivíduo alcance saúde depois de ser educado, ainda é bastante arraigado na mentalidade dos profissionais da saúde. Essa dificuldade dos mesmos exercerem práticas participativas e dialógicas em educação em saúde pode ser reflexo de a sua própria formação acadêmica, que geralmente é pautada em metodologias de ensino-aprendizagem centradas no professor, orientada por uma educação bancária, fazendo com que se reproduza nos serviços o mesmo modelo pedagógico com que foi formado 6,20,21.
Para Frazão e Narvai 22, a maioria dos cursos de graduação em Odontologia não prevê a capacitação dos alunos no sentido de compreender a variedade de aspectos do comportamento humano e social e a natureza dos fatores que influenciam o processo educativo e a mudança de comportamento. Tal fato se perpetua na maioria dos programas educativos em saúde bucal voltados à população, baseados geralmente em práticas normativas e modeladoras que jogam para os indivíduos a responsabilidade integral pela sua manutenção de sua saúde23.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos da área da saúde preconizam que os cursos trabalhem com o conceito ampliado de saúde, utilizando metodologias ativas de ensino-aprendizagem, e que considerem o trabalho em equipe multiprofissional e transdisciplinar nos serviços de saúde como estratégia para reorientação do modelo de formação3 . Dentro deste contexto, Teixeira et al.24 argumentam que é importante, no processo de formação dos acadêmicos, os docentes criarem estratégias de ensino-aprendizagem problematizadoras que levem em consideração as percepções, hábitos, peculiaridades e limitações que envolvem o comportamento humano. A incorporação de novas estratégias pedagógicas baseadas na transdisciplinaridade e em espaços multiprofissionais de atuação, viabilizando a produção de novos conhecimentos, sem perder a determinação social do complexo promoção-saúde-doença-cuidado, é apontado também como uma das formas de se superar a descontextualização das práticas pedagógicas baseadas na mera transmisssão de informações25. Só assim, é que os acadêmicos terão oportunidades concretas de aprender uma educação em saúde de forma dialógica e crítica, dentro do perfil profissional necessário para reconfigurar as práticas assistenciais vigentes até então, inclusive no Sistema Único de Saúde.
Considerações finais:
Observou-se neste estudo que o conceito de educação em saúde, entre os alunos do curso de Odontologia avaliado, esteve fortemente ligado ao conceito positivista de ensinamento, instrução e prevenção de doenças, pautado em orientações e informações disponibilizadas à comunidade pelos profissionais. A pratica educativa foi identificada como instrumento de mudança de comportamento, ou seja, uma prática que leva a população, através de instruções baseadas no conhecimento técnico-científico, a adquirir hábitos de vida saudáveis para a prevenção das doenças bucais.
Apesar da análise deste tema centrar-se em apenas um curso de Odontologia, vale a pena questionar: será que a mesma situação encontrada no presente estudo não está se reproduzindo na maioria das Instituições formadoras do país? Como têm sido abordados os conteúdos e práticas voltados à educação e promoção de saúde nos cursos da área da saúde? E ainda, por mais que se fale de uma prática de educação em saúde dialógica e crítica, voltada à emancipação e construção do controle social dos sujeitos e coletividade para a melhoria de sua qualidade de vida, os docentes que trabalham estes conteúdos apresentam legitimidade para exercer esta tarefa, quebrando o ciclo de práticas pedagógicas bancárias tão freqüentemente observada nos serviços? Quais são as experiências pedagógicas que os alunos experimentam durante sua formação que lhes permitem desenvolver vivências voltadas a aperfeiçoar suas práticas em educação em saúde em sua vida profissional futura?
E, além disso, como será que a educação para a cidadania, a qual inclui o controle social, ferramenta importante para a população recorrer aos seus direitos legitimados na constituição de 1988, tem sido trabalhada? Estas indagações, com certeza, devem ser avaliadas e discutidas em estudos posteriores.
Assim sendo, as ações em educação devem ser repensadas, de forma a se trabalhar o “poder com” em vez de o “poder sobre”, por meio de práticas dialógicas visando empoderar as pessoas (empowerment education), de modo que as mesmas possam superar as estruturas de opressão e os macrodeterminantes políticos e sociais que incidem sobre seus processos de saúde-doença, numa visão promotora de saúde, e não mais de culpabilização da vítima 26.
Referências
1. Pucca Jr GA. A política nacional de saúde bucal como demanda social. Rev C S Col 2006; 11 (1): 243-46.
2. Kriger L, Moysés SJ, Moysés ST. Humanismo e formação profissional. Rio de Janeiro: Cadernos da ABROPEV I; 2005.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. A aderência dos cursos de graduação em enfermagem, medicina e odontologia às diretrizes curriculares nacionais. Ministério da Saúde 2006, 162 p.
4. Paula LM, Bezerra ACB. A estrutura curricular dos cursos de odontologia no Brasil. Rev ABENO 2003; 3(1):7-14.
5. Santos MEM. Odontólogos e suas noções sobre educação em saúde bucal. [Dissertação]. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Fernandes Figueira; 2005.
6. Valença AMG. A educação em saúde na formação do cirurgião-dentista. Rio de Janeiro: EDUFF; 1997.
7. Guterman N. O cirurgião dentista como educador em saúde: explorações em torno de uma prática. [Dissertação]. Natal: UFRN; 2002.
8. Schwingel B, Cavedon NR. As representações sociais dos médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas de equipes de saúde da família sobre educação em saúde. In: Misoczky MC, Bordin R, organizadores. Gestão local em saúde: práticas e reflexões. Porto Alegre: Dacasa; 2004. p. 147-169.
9. Araújo YP, Dimenstein M. Estrutura e organização do trabalho do cirurgião-dentista no PSF de municípios do Rio Grande do Norte. Rev C S Col 2006; 11(1): 219-227.
10. Lefevre F, Leferve AMC. O sujeito coletivo que fala. Interface 2006; 10(20): 517-24.
11. Lefevre F, Lefevre AMC. Depoimentos e discursos: uma proposta de análise em pesquisa social. Brasília: Editora Líber; 2005.
12. Valla VV. Procurando conhecer a fala das classes populares. In: Valla VV (org.): Saúde e Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. p.11-32.
13. Fonseca LCS. Ensino de ciências e saber popular. In: Valla VV, organizador. Saúde e Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. p.87-104.
14. Blinkhorn AS, Gratix D, Holloway PJ, Wainwright-Stringer YM, Ward SJ, Worthington HV. A cluster randomized, controlled trial of the value of dental health educators in general dental practice. Br Dent J 2003; 195:395-400.
15. Kay EJ, Locker D. Is dental health education effective? A systematic review of current evidence.Community Dent Oral Epidemiol 1996; 24(4):231-5.
16. Araújo YP, Dimenstein M. Estrutura e organização do trabalho do cirurgião-dentista no PSF de municípios do Rio Grande do Norte Rev C S Col 2006; 11(1): 219-27.
17. Peregrino M. Uma questão de saúde: saber escolar e saber popular nas entranhas da
escola. In:Valla VV, organizador. Saúde e Educação. Rio de Janeiro: DP&A; 2000. p.61-86.
18. Antunes MJM, Shigueno LYO, Meneghin P. Métodos pedagógicos que influenciaram o planejamento das ações educativas dos enfermeiros: revisão bibliográfica. Rev Esc Enferm USP 1999; 33(2):165-74.
19. Rosso CFW, Collet N. Os enfermeiros e a prática de educação em saúde em município do interior paranaense. Rev Eletr Enferm [periódico na Internet]. 1999 Out-Dez [acessado 2007 set 27]; 1(1): 1-7:[cerca de 7p.]. Disponível em: http:www.fen.ufg.br/revista.
20. Mourão E. Educação popular: de uma prática alternativa a uma estratégia de gestão participativa das políticas de saúde. Physis: Rev Saúde Coletiva 2004; 14(1): 67-83.
21. Rosa RB, Maffacciolli R, Nauderer TM, Pedro ENR. A educação em saúde no currículo de um curso de enfermagem: o aprender para educar. Rev Gaúcha Enferm 2006; 27(2): 185-92.
22. Frazão P, Narvai PC. Promoção de saúde bucal em escolas. In: Araújo, ME (org). Apostila da disciplina de Odontologia em Saúde Coletiva – Manual do aluno. São Paulo: Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; 2001. p. 21-28.
23. Pauleto ARC, Pereira MLT, Cyrino EG. Saúde bucal: uma revisão crítica sobre programações educativas para escolares. Rev C S Col 2004; 19(1): 121-130.
24. Teixeira MCB. A dimensão cuidadora do trabalho de equipe em saúde e sua contribuição para a odontologia. Rev C S Col 2006; 11(1): 45-51
25. Documento Final do XVIII Encontro Nacional de Administradores e Técnicos do Serviço Público Odontológico. Salvador, Bahia; 2005.
26. Carvalho SR. Os múltiplos sentidos da categoria “empowerment” no projeto de Promoção à Saúde. Cad Saúde Pública 2004; 20(4): 1088-1095.

Contribuição dos autores:

FL Mialhe trabalhou na coleta dos dados, análise e redação do artigo e CMS da Silva na interpretação dos dados e na redação final.


Other languages:







How to

Cite

Mialhe, F.L. Health education and their representations among dental students. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2008/Apr). [Citado em 08/12/2025]. Está disponível em: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/en/articles/health-education-and-their-representations-among-dental-students/1974?id=1974



Execution



Sponsors